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terça-feira, 24 de abril de 2012

Dilma critica juros praticados no Brasil e diz que redução será moderada

Dilma critica juros praticados no Brasil e diz que redução será moderada
 
A presidente Dilma Rousseff preferiu a moderação ao comentar a redução dos juros dos bancos privados. A presidente criticou, de maneira genérica, os juros praticados no Brasil, dizendo que "não existe explicação técnica" para os níveis brasileiros. Dilma disse que a redução das taxas no Brasil deverá ser moderada, não "de supetão".



Dilma em cerimônia no Palácio do Planalto nesta 3ª
"O Brasil precisa de ter juros compatíveis com a sua posição no mundo. Não existe explicação técnica para que nós sejamos o País que somos, que tenhamos uma estabilidade como temos macroeconômica e as nossas taxas de juros não sejam compatíveis com as internacionais", disse a presidente a jornalistas, pela primeira vez após os anúncios das reduções dos juros do crédito.



Na esteira dos bancos públicos, os bancos privados reduziram as taxas de juros cobradas em diferentes modalidades de crédito para não perder espaço no mercado. A redução da taxa de juros não afeta necessariamente o lucro dos bancos, que cobram alto nas taxas de administração. O governo quer baratear as transações bancárias e reduzir justamente essa taxa.



"Eu não entro, em não vou me imiscuir, na forma como se administra nada", disse, evitando palpitar publicamente na questão. "Não acredito que seja uma questão que vamos realizar de supetão. Vamos realizar isso progressivamente", disse a presidente, retomando a redução dos juros.



"Não há, repito eu, não há razão para termos taxas de juros tão elevadas. Eu vejo no mundo países com alto grau de endividamento, com déficits fiscais estarrecedores, com níveis de inadimplência absurdos praticando taxas de 1%, 2%, 5%", acrescentou a presidente.



"Então o que eu estou dizendo é que o Brasil progressivamente pode, como pode fazer várias outras coisas, vai poder também fazer isso (reduzir o valor do crédito). Isso eu tenho certeza. Eu confio no Brasil e, por isso, não é nenhuma questão de derrota ou de vitória. Ninguém também vai supor que num passe de mágica nós resolveremos todos os problemas", avaliou Dilma.



A presidente não quis antecipar alguma nova medida para inibir a fuga de investimentos de títulos da dívida do Tesouro Direto para a poupança. "Cada dia com sua agonia", esquivou-se. Com a redução da taxa Selic, hoje em 9%, os fundos de investimento e títulos do Tesouro perdem um pouco da atratividade, porque contam com a cobrança de Imposto de Renda, IOF e taxa de administração, ao contrário da poupança. A presidente disse que outras medidas decorrentes de redução dos juros ainda serão tomadas. "Sem dúvida nenhum, todas as questões vão ser avaliadas pelo governo com muita calma, com muita tranquilidade", concluiu.

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